sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Educação – Mensagem Espírito André Luiz


Percebeste, muitas vezes, uma força interior, impelindo-te à prática do Bem, mas o raciocínio equivocado te afastou da boa ação.

Tiveste a discussão amarga com quem sempre te partilhou as experiências mais íntimas e, depois, arrependido, desejaste lhe falar com ternura, rogando perdão ao ato impensado.

Entretanto, foste escravo do egoísmo e, em vez das palavras impregnadas de carinho, mergulhaste no silêncio hostil.

Dirigiste o verbo áspero ao companheiro leal e, depois, consumido pelo desgosto, almejaste o reencontro, aflito pelas desculpas do coração amigo.
 
Contudo, sucumbiste ao peso do orgulho e, em vez do gesto de reconciliação, sufocaste tuas pretensões de fraternidade.

Maltrataste o desconhecido na rua e, depois, atormentado pelo remorso, pretendeste desfazer o mal-estar.

No entanto, cedeste ao império da vaidade e, em vez da atitude digna, prosseguiste teu caminho, insensível ao constrangimento do outro.

Fizeste a teu auxiliar exigências descabidas e, depois, amargurado pela conduta iníqua, quiseste a compreensão do colega ofendido.

Todavia, obedeceste aos ditames do preconceito e, em vez do ato de consideração, renunciaste a teus anseios de respeito e amor ao próximo.

Trazes dentro de ti ímpetos indesejáveis e bons. Moldada pela boa educação, a inteligência controla os impulsos inferiores e se alia aos instintos nobres.

Educa-te, pois, pelos preceitos do Evangelho, para que teu juízo não seja enganoso e asfixie as manifestações espontâneas de bondade.

Segue os ensinamentos de Jesus. E com Jesus trabalha, ama e serve, para que teu raciocínio esteja resguardado de más influências, recordando que Pilatos não atendeu ao instinto bom que absolvia o Mestre Divino e permitiu que se consumasse a injustiça, guiando-se pela razão, eivada de conveniência pessoal.

(Do livro “Vivendo a Doutrina Espírita” – Vol. Um – Ide Editora)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

FRATERNIDADE


“Honrai a todos. Amai a fraternidade” I Pedro 2:17


A desonra e a avareza sempre estiveram presentes na história terrestre.

Desonra é a não valorização da vida e a falta de amor para consigo e para com a vida do próximo.


Avareza é a conduta reprovável de quem vê apenas a si, de quem vive para si e se encarcera no sentimento próprio, esquecendo-se do sentimento alheio.

Esses dois fermentos da loucura espiritual podem ser combatidos com a fraternidade pura.

A fraternidade é lei superior, fôlego divino e hausto da vida universal.

Antes o concerto da fraternidade, a paisagem do mundo ficou irisada de luz, as cidades da terra conheceram a paz, e o banquete de esperança foi apresentado aos homens, em um convite à paz interior.

Eliminando as sombras da paisagem do mundo, surge a fraternidade, lançando as bases na manifestação do amor.

Surge para a humanidade o momento de recomeçar e refazer as experiências, vivendo a fraternidade.

Quem abraça os ensinamentos de Jesus, quase sempre, prova o cálice dos testemunhos, mas, sobretudo, acende a chama da fraternidade na alma.

A dor ultriz, as agressões e torpezas são silenciadas pela prática da fraternidade.

A fraternidade e o amor são o alfabeto da era nova, sobre o qual será construído o altar da vida.

Robson Pinheiro – Alex Zathúr – livro Serenidade

LUZ DA VIDA



“Nele estava à vida, e a vida era a luz dos homens.” João 1:4.


A luz interior é um estado de alma. Muitos andam permanentemente em trevas. A ignorância é cultivada em massa, quando se evita e esclarecimento íntimo. Ante a grandeza da vida, poucos avançam para a lucidez espiritual, que produz a iluminação do ser.

A fase infantil da escalada humana rumo ao infinito ainda não foi superada por muitos. Como crianças na escola da vida, os homens ainda se ocupam com futilidades e brincam de viver. As questões efêmeras permanecem como centro de atenção, e poucos se esforçam por se tornar conscientes ou lúcidos no que se refere à realidade do universo.

Alguns, que tentam superar os limites estreitos da fase infantil, começam a despertar a luz bruxuleante da consciência de humanidade. Mas, com as imposições da sociedade contemporânea, demoram-se demasiado na fase da adolescência espiritual.

Aí é que se manifestam os conflitos conscienciais e psicológicos, os traumas, medos e ansiedades que emergem do passado espiritual por imposição da lei do carma. O homem encontra-se dividido entre a possibilidade do crescimento espiritual e os apelos do mundo, produto de uma sociedade que submerge nas vagas da mendicância moral.

Paulo de Tarso classificou esse estado de conflito íntimo como sendo a batalha da lei do pecado e da morte contra a lei da vida, o homem velho e o homem novo.

Ninguém se engane quanto às condições em que se dará a ascese espiritual. Não há elevação sem lutas, e luz alguma se acende se incomodar as trevas.

É preciso fazer luz na escuridão de todas as almas que ainda se mantêm prisioneiras do passado sombrio. A luz verdadeira é a iluminação da consciência e a sensibilização do coração, que produzem o equilíbrio íntimo.

Robson Pinheiro – Alex Zarthúr - livro Serenidade


Crescer é parar de culpar os pais por tudo


Diante de uma ofensa, de uma ironia, de uma negligência afetiva, temos a possibilidade de nos identificarmos com a posição de vítima e temos também a possibilidade de criarmos algo de interessante com aquela perda, com aquela rejeição ou sofrimento.


Procuramos uma análise quando descobrimos que desejamos mais qualidade de vida. E quando uso a expressão qualidade de vida, não me refiro aos clichês divulgados pelo discurso dominante. Eu me refiro à possibilidade de ter uma vida mais significativa, mais feliz, dentro da singularidade de cada um.

Quando iniciamos um processo analítico, a tendência é jogarmos a culpa de nossas tristezas em cima de diversas pessoas, principalmente dos pais e dos parceiros amorosos. 

Não quero dizer que os pais não cometam muitos erros nem que parceiros amorosos não provocam muito sofrimento em nossa vida. Porém, independente de tudo o que nos acontece e de tudo que nos aconteceu, é importante perceber o nosso papel protagonista em nossa vida. 

Diante de uma ofensa, de uma ironia, de uma negligência afetiva, temos a possibilidade de nos identificarmos com a posição de vítima e temos também a possibilidade de criarmos algo de interessante com aquela perda, com aquela rejeição ou sofrimento. 

Se a falta de afeto do nosso primeiro amor, do parceiro atual ou até mesmo dos pais deixa rombos homéricos em nossa existência, há a possibilidade de reelaborarmos este vazio no sentido de construir no futuro relações mais felizes.

A nossa tendência é repetir padrões, é buscar um modelo de relacionamento que nos é familiar, mesmo que seja muito infeliz. Inconscientemente, escolhemos reviver o que nos foi mais doloroso. Pessoas que foram pouco amadas na infância ou que não foram amadas da forma que elas desejaram, tendem a entrar em relações fadadas ao fracasso. 

Durante a análise, começamos a perceber esta repetição, esta escolha inconsciente pelo erro, pelo sofrimento, por aquilo que não dará certo apesar de nossos esforços conscientes. Começamos a perceber também que nossos pais são humanos, portanto, falhos, limitados, traumatizados pelos erros dos seus pais também. 

Não digo que seja simples e indolor aceitar os pais como pessoas que erram nem quebrar círculos viciosos. Mas é possível. Não é porque alguém foi pouco amado como filho que não poderá amar muito como pai ou como mãe. Não é porque alguém viveu uma série de relações amorosas medíocres que não poderá construir um relacionamento cheio de afeto e cumplicidade.

Quebrar padrões é tarefa extremamente árdua. Exige um esforço homérico, um desejo real de fazer mudar. Mas com certeza, vale muito a pena. 

Silvia Marque

Fonte http://obviousmag.org/cinema_pensante/2019/01/crescer-e-parar-de-culpar-os-pais-por-tudo.html

O duplo espelho: A (auto)reflexividade da obra clariceana “Um sopro de vida (Pulsações)”


A arte salva. Estudos de pesquisadores de renome como Johann Reil e Carl Jung levam ao entendimento de que as manifestações artísticas são uma ótima ferramenta para a expressão dos nossos mais profundos sentimentos. O que atenua o nosso sofrimento, alivia o peso da alma. E simboliza o primeiro passo para o nosso processo de cura e autoaceitação.

Conheça-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo. Se a arte pode ser considerada um eficiente tratamento terapêutico para o atingimento dessa máxima, poucas pessoas podem corroborar tanto essa ideia na prática quanto a escritora Clarice Lispector.

Introvertida e receosa do mundo de fora, Clarice sempre se refugiou na escrita como forma de dar vazão às suas vontades e de buscar o verdadeiro propósito de sua vida. E os seus leitores seguem junto nessa busca contínua. Afinal, já existem muitas discussões e questionamentos acerca de quem foi Clarice Lispector. Contudo, nesses levantamentos é geralmente pouco comentado o seu último livro, o póstumo “Um sopro de vida (Pulsações)”. E é justo sobre a compreensão dessa obra nostálgica e auspiciosa ao mesmo tempo que se debruça o livro “O duplo espelho: A (auto)reflexividade da obra clariceana ‘Um sopro de vida (Pulsações)’”, de Janaina Soggia.

“O livro se abre com uma fala que ressoará em cada uma de suas quatro partes até culminar no fechamento da escritura. ‘Quero escrever movimento puro’, premissa que levou Clarice a buscar na escrita uma maneira de escrever a vida por meio da não-palavra, do além da palavra, da palavra-coisa.” (p. 79-80)

De fato, o enredo de “Um sopro de vida (Pulsações)” não trata a nostalgia como de costume: é quase um livro-testamento em que Clarice coloca vários questionamentos que a acompanharam durante toda a vida ao passo que também existe uma marcante angústia perante o futuro que se aproxima. Já doente e sentindo a ameaça da morte, Clarice preparou o seu último legado. Não deixaria de falar sobre o presente, o instante em que todo sentimento se mostra real e palpitante. Mas a crescente influência dos pesos de um passado carregado e de um inevitável futuro é visível.

A obra de Clarice narra a história de um personagem descrito somente como Autor, um escritor que decide escrever um livro sobre a escritora fictícia Ângela Pralini, personagem que também procura escrever um livro. O que faz existir uma obra dentro da obra. Como um sonho dentro de um sonho. Um duplo espelho se repetindo ao infinito.

Por isso, “O duplo espelho: A (auto)reflexividade da obra clariceana ‘Um sopro de vida (Pulsações)’” busca todas as maneiras pelas quais Clarice procurou se refletir em sua escrita. A morte da mãe em tenra idade, suas viagens pelo mundo, seu cão Ulisses, suas obras anteriores. Demonstra-se como a biografia da escritora foi inserida no enredo de modo que o Autor e principalmente Ângela Pralini se tornassem seus próprios avatares. Personagens moldados a partir do sopro de vida de Clarice derramado sobre o papel. Criados à sua imagem e semelhança.

O escritor é tido como o demiurgo que origina seus próprios mundos. Porém, antes do criador existe o verbo. Antes da ideia de escrever não surge primeiro a inspiração? E então de onde vem a inspiração? Ângela Pralini não sabe, mas a sua centelha criadora é o Autor. O Autor não sabe, mas a sua centelha criadora é Clarice Lispector. E a centelha de Clarice? Quantos reflexos mais existem para explicar a motivação humana?

Assim, a trama se desenvolve com o uso de diversos recursos de metalinguagem e metaficção para adquirir o seu objetivo: fazer com que a história desdobre a própria história. Contudo, muito além disso nota-se como Clarice almejava desdobrar-se a si mesma de uma forma ainda mais profunda. A arte salva. O seu ato final se tornou o clímax para o alcance do seu próprio entendimento. Nada garante de que tenha de fato conseguido. Mas a sua luta claramente lhe garantiu os aplausos da eternidade.

Leandro Dupré Cardoso

sábado, 5 de janeiro de 2019

Gratidão


 
Você já agradeceu hoje?

Falar sobre gratidão pode parecer piegas e até religioso, mas gosto de falar sobre o que acredito e pratico. 


Ser uma pessoa agradecida proporciona saúde, positividade, bom humor e pode facilitar a resolução de problemas, sabe por quê?


Porque pessoas agradecidas não se deixam abater pela dor, a dor existe e faz parte da existência humana, mas adianta se paralisar pela dor e chorar?


Arregace as mangas, limpe suas lágrimas e agradeça, agradeça a oportunidade de aprendizado que essa dor está lhe proporcionando de errar menos, sinta-se grato porque se a dificuldade chegou até você é porque tem capacidade de solucionar a situação desafiadora que você está passando.


Saia do papel de vítima e pergunte a si mesmo o motivo de seus erros e perdas, se responsabilize e resolva, porque nada é permanente, nem a dificuldade, sim ela passa, acredite.


Comece seu dia agradecendo pela vida, sua saúde, seu trabalho, enfim, tenho certeza que se parar por um minuto todas as manhãs, encontrará muitos motivos para agradecer. 


É isso!! Gratidão e boa semana a todos!!


Karina Raquel Teixeira
Psicóloga

ANTE O DIVÓRCIO - EMMANUEL

 Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se  propõem garantir a felicidade conjulgal, de vez que, repitamos, o lar ...