sábado, 27 de abril de 2019

INTEGRAÇÃO

Neste mundo interno
que é todo meu,
onde vibram
os sentimentos
e os pensamentos
todos meus;

Neste Universo consciente
que percebe e recebe
a Consciência
do Universo Teu;

Neste infinito
de sensações
onde palpitam
o instinto, a fé
e mais ainda,
crescendo sempre
as paixões;

Neste mundo interno
que é todo meu,
Arena de lutas
de vitórias
e decepções;

Vasto, Coliseu
que abarca
o ingente
esforço
de um lúcido
conhecimento;

Neste Universo
ondo o sorriso
se mescla
à lágrima
a espreita,
no âmago,
a indiferença;

Neste tudo
que sou
e que não
sei nada.

Neste sentir
de existência
sem desistência
de nada ser,

Neste contínuo
movimento
de queda
e ascensão;

Nesta vontade
de querer ser.
De ser
e não saber
o que se quer.

Nesta confusa
manifestação
de vidas
material-mental,
que se confundem
e infundem
receios,
esperanças,
belezas
e terrores;

Neste abismo
de múltiplas
vivências
onde germinam
e se afogam
ideais;

onde se apaga
a chama
da verdade,
nasce o tédio
e dá-se a queda
e ressurge
a inquietação;

Neste mundo interno
que é todo meu,
que procura
a integração
com o mundo
que não é seu;

Oh! meus Deus!
O mundo interno
que é todo meu,
não quero mais

Quero, apenas,
do Seu grande amor
a integração no infinito
Universo Teu!

Adolpho Ferreira de Araújo

 advogado muitíssimo conhecido entre os espíritas em Curitiba, talvez por sua modéstia, não se apercebe das riqueza inspirativa dos seus pemas, que fluem tão espontaneamente como réstias de luz rompendo véus de sombra! Entre dezenas de suas admiráveis composições poéticas, escolhi Integração, para enfeitar o limiar desta obra, que Ramatis transmitiu sobre os nossos problemas na face da Terra. 

Curitiba, 10 de fevereiro 1970
Hercílio Maes


































domingo, 7 de abril de 2019

TRÊS PORTAS

Acordei com a prece da Serenidade na mente!...
"Senhor!
Dai-me serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar..
Dai-me coragem para mudar aquela que posso..
E dai-me Senhor a sabedoria para distinguir entre as duas."
Abri meu livro de cabeceira (um deles rsrs.) e caiu a mensagem  "três portas" (Livro Pensamentos que ajudam - José Carlos de Lucca). Na hora eu ia abrir outra mensagem, pois não fazia muito tempo que já havia caida essa mesma para leitura.. Mas algo me disse.. Leia! Tem tudo haver com a prece que você tem em mente!
Então percebi (de novo rsrsr..) que o acaso não existe! E que algo tinha para mim! Algo querendo me sinalizar... Ficar atenta nos decorrer do dia.. Da semana...Da Vida!

Compartilho com você leitor, pois é uma pérolas para nossa reflexão:
Elaine Saes


"Seja humilde para admitir seus erros, inteligente para aprender com eles e maduro para corrigi-los." Anônimo
Esse pensamento  tão simples e sábio nos chama a atenção para três virtudes importantes diante dos inevitáveis erros que todos nós cometemos ao longo da vida: humildade, inteligência e maturidade. É um roteiro capaz de transformar o erro em degrau de crescimento, e não fazer dele um presídio de fracassados. Será que, porventura, já não estamos presos? Se a resposta for positiva, chegou a hora de sairmos da prisão! E, para sair dela, precisamos passar por três portas. Vamos a elas?

A primeira porta delas é a porta da humildade. Humildade para reconhecer nossos erros. O que geralmente trava essa porta é o orgulho, que tenta nos tirar qualquer responsabilidade sobre os nossos problemas. É claro que nem tudo é da nossa responsabilidade, mas naquilo que for, é preciso ter  humildade para reconhecer os nossos equívocos. A  humildade nos ajuda a diminuir os efeitos da vergonha, pois ela nos faz ver que não somos perfeitos, que não temos todas as habilidades, nem todos os saberes. Aliás, ninguém tem! Mas o nosso orgulho se recusa a admitir isso, e, por tal razão, Jesus falou que os orgulhosos seriam rebaixados ( e nós sempre nos achamos lá no alto, não é?).

A humildade nos tira das alturas e nos põe os pés nos chão. Aliás, a palavra "humildade"tem sua raiz etimológica no vocábulo grego "humus", que significa "terra". Humildade, portanto, é aquele que não se sente superior a ninguém, pois ele tem os pés no chão. Como espíritos em construção, ainda temos uma boa parcela de inabilidade e ignorância, o que não é nenhum demérito. Isso não nos diminui, pois o erro não nos define. O erro é apenas uma fotografia que retrata nossa condição num determinado momento da existência, mas que não define aquilo em que poderemos nos transformar segundos depois.

Depois de passarmos pela porta da humildade (ufa, já fizemos um grande avanço!), estaremos diante da porta da inteligência. E não nos será exigido qualquer conhecimento acadêmico - basta a reflexão sobre o que aprendemos com nossos erros. A maioria de nós costuma apenas ficar se remoendo em culpas pelos equívocos cometidos. Não adianta muito, pois a culpa costuma nos deixar na prisão. Jesus afirmou que a verdade nos liberta. Então, qual é a verdade sobre o nosso erro, o que nos levou a cometê-lo, que motivações internas tivemos para agir daquela forma? Não são perguntas tão fáceis de serem respondidas, pois exigem certa introspecção, mas são fundamentais, porque funcionam como uma endoscopia da alma, sem a qual ficaremos sem o diagnóstico dos nossos males e, portanto, sem as chances de cura. No autoconhecimento, está a chave que nos liberta dos problemas e nos faz progredir e melhorar nesta vida (sugerimos a leitura dos questões 919 e 919a - L.E. de Allan Kardec)

Quando deixamos a sonda mostrar o que carregamos por dentro, chegamos às mais diversas conclusões, sendo as mais comuns: agimos por imprudência, inexperiência, insegurança, desatenção, medo, inveja, ou mesmo por falta de sensibilidade em relação ao outro. Aqui, eu fico com Chico Xavier: "Cada pessoa se encontra num grau de maturidade espiritual. Não creio que alguém aja deliberadamente no mal. Os nossos erros são oriundos de nossas limitações"(Orações e Chico Xavier, Carlos A. Baccelli, LEEP)

Depois de olharmos para as pedras nas quais tropeçamos, estaremos mais atentos quando elas surgirem outra vez (e vão surgir!). E, quando isso acontecer, nós já saberemos na carne que elas nos machucam. Essa é a terceira porta que nos põe definitivamente em liberdade! A porta da maturidade, que somente se abre quando nos decidirmos a vender as limitações que já nos levaram ao erro.

Talvez, uma tendência instintiva ainda queira repetir a experiência do erro, queira tropeçar na mesma pedra, porque, de alguma forma, algum tipo de prazer ainda obtemos. Isso é muito natural e até humano, eu diria. A natureza não dá saltos. Mas, quando isso acontecer(e vai acontecer), façamos o esforço de nos lembrarmos das dores e desgostos que vêm depois que tropeçamos a pedra. Recordemos o que já sofremos e imaginemos o quanto sofreremos novamente! E, diante da pedra de tropeço, nos perguntemos: Vale a pena sofrer outra vez? Vale a pena não crescer?
A vida não recompensa os amadores... 

ANTE O DIVÓRCIO - EMMANUEL

 Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se  propõem garantir a felicidade conjulgal, de vez que, repitamos, o lar ...