que é todo meu,
onde vibram
os sentimentos
e os pensamentos
todos meus;
Neste Universo consciente
que percebe e recebe
a Consciência
do Universo Teu;
Neste infinito
de sensações
onde palpitam
o instinto, a fé
e mais ainda,
crescendo sempre
as paixões;
Neste mundo interno
que é todo meu,
Arena de lutas
de vitórias
e decepções;
Vasto, Coliseu
que abarca
o ingente
esforço
de um lúcido
conhecimento;
Neste Universo
ondo o sorriso
se mescla
à lágrima
a espreita,
no âmago,
a indiferença;
Neste tudo
que sou
e que não
sei nada.
Neste sentir
de existência
sem desistência
de nada ser,
Neste contínuo
movimento
de queda
e ascensão;
Nesta vontade
de querer ser.
De ser
e não saber
o que se quer.
Nesta confusa
manifestação
de vidas
material-mental,
que se confundem
e infundem
receios,
esperanças,
belezas
e terrores;
Neste abismo
de múltiplas
vivências
onde germinam
e se afogam
ideais;
onde se apaga
a chama
da verdade,
nasce o tédio
e dá-se a queda
e ressurge
a inquietação;
Neste mundo interno
que é todo meu,
que procura
a integração
com o mundo
que não é seu;
Oh! meus Deus!
O mundo interno
que é todo meu,
não quero mais
Quero, apenas,
do Seu grande amor
a integração no infinito
Universo Teu!
Adolpho Ferreira de Araújo
advogado muitíssimo conhecido entre os espíritas em Curitiba, talvez por sua modéstia, não se apercebe das riqueza inspirativa dos seus pemas, que fluem tão espontaneamente como réstias de luz rompendo véus de sombra! Entre dezenas de suas admiráveis composições poéticas, escolhi Integração, para enfeitar o limiar desta obra, que Ramatis transmitiu sobre os nossos problemas na face da Terra.
Curitiba, 10 de fevereiro 1970
Hercílio Maes
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