sábado, 18 de maio de 2019

APRENDER A AMAR

Escutamos frequentemente frases que constituem atestados de incompatibilidade ou admiração instantânea em relacionamentos, emitidas rotineiramente nas diversas rodas de convivência, definindo alguns sentimentos que temos pelo outro como se fossem predestinados e definitivos.

Convivemos, comumente, "ao sabor" daquilo que sentimos espontaneamente por alguém.

Consideremos nesse tema que o Amor não é um automatismo do sentir no aprendizado das relações humanas, como se houvessem fatores predisponentes e inderrogáveis para gostar ou não gostar dessa ou daquela criatura.

Amar é uma aprendizagem. Conviver é uma construção.

Não existe Amor ou desamor à primeira vista, e sim simpatia ou antipatia. Amor não pode ser confundido com um sentimento ocasional e especialmente dirigido a alguém. Devemos entendê-lo com O Sentimento Divino que alcançamos a partir da conscientização de nossa condição de operários na obra universal, um "estado afetivo de plenitude", incondicional, imparcial e crescente.

Ninguém ama só de sentir. Amor verdadeiro é vivido. O atestado de Amor verdadeiro é lavrado nas atitudes de cada dia. Sentir é o passo primeiro, mas se a seguir não vêm as ações transformadoras, então nosso Amor pode estar sendo confundido com fugazes momentos de felicidade interior, ou com os tenros embriões dos novos desejos no bem que começamos a acalentar recentemnte.

O Amor é crescente no tempo e uniforme no íntimo, não tem hiatos.

Mesmo entre aqueles que a simpatia brota instantaneamente, Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do compartilhamento mútuo do desejo de manter essa simpatia do primeiro contato, amadurecendo-a com o progresso dos elos entre ambos.

Sabendo disso,  evitemos frases definitivas que declarem desânimo ou precipitação em razão do que sentimos por alguém. Relações exigem cuidados para serem edificadas no Amor, e esse aprendizado exige os testes de aferição no transcorrer dos tempos.

Se nos guardarmos na retaguarda moral e afetiva, esperando que os outros melhorem e se adaptem às nossas expectativas para com eles, a fim de permitirmos-nos amá-los, então, certamente, a noção de gostar que acalentamos é aquela na qual ainda acreditamos que Deus faculta isso com Dom Divino e natural em nossos corações conforme a sua Vontade.

Encontrando-nos nesse patamar de evolução, nada mais fazemos que transferir para o Pai a responsabilidade pessoal do testemunho sacrificial, na criação de elos de libertação junto a quantos esposam nossos caminhos na refregas da vida.

Amor não é empréstimo Divino para o homem e sim aquisição de cada dia na aprendizagem intensiva de construir relacionamentos propiciadores de felicidade e paz.

Espíritas que somos temos motivos para crer na força do Amor., enquanto a falta de razões convincentes tem induzido multidões de distraídos aos precipícios da dor, porque palmilham em decidia queda para as furnas do desrespeito, da lascividade, da infidelidade, da vingança e da injustiça, em decrépitas formas de desamor.

A terapêutica do Amor é, sem dúvida, a melhor e mais profilática medicação do Pai para seus filhos na criação. Compete-nos, aos que nos encontramos à míngua de paz, experimentá-la em nossos dias, gerando fatos abundantes de Amor, vibrando em uníssono com as sábias determinacões cósmicas estatuídas para a felicidade do ser na aquisiçao do glorioso e difinitvo título de Filhos de Deus.

E se esse sentimento sublime carece aprendizagem, somento um recurso poderá promover semelhante conquista: a educação.

Ermance Dufaux
psicografia de Wanderley Oliveira - Livro Laços de Afeto



Nenhum comentário:

Postar um comentário

ANTE O DIVÓRCIO - EMMANUEL

 Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se  propõem garantir a felicidade conjulgal, de vez que, repitamos, o lar ...