terça-feira, 4 de junho de 2019

Auto Amor

“Ser quem você é, interessa apenas a quem descobriu a beleza e o prazer de estar em sua companhia...

Se o Outro viesse com manual de instrução ou trailer, tudo seria tão monótono e sem sentido que você acabaria sem aprender com as diferenças e com as surpresas.

Esperando o previsível você veria o mundo apenas de sua estreita janela, onde se aprende, simplesmente, a ser intolerante, preconceituoso e presunçoso!

Change the world, change yourself!”
- Liszt Rangel -

ALEGRIA



E.E. – questão 621 “A lei natural de Deus é a única verdadeira para a felicidade do homem.
Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão quando se afasta dela.”


 
Alegria como experiência de religiosidade é o valor que não tem preço, Essa sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos homens.

A maioria das pessoas tem uma visão distorcida da alegria, pois confunde com festas frívolas e divertimentos que provocam sensações intensas, risos exagerados; enfim; satisfações puramente emocionais.

Aliás, não há nada de errado em ser jovial, bem-humorado, festivo e risonho. Sentir as emoções terrenas inclui-se entre as prerrogativas que o Criador destinou a suas criaturas. Vivenciar a normalidade das sensações humanas é um processo natural estabelecido pela Mente Celestial.
Talvez as religiões fundamentalistas tenham mesclado as ideias contidas nas palavras alegria e tentação. Na realidade, o Mestre ensinava a seus seguidores que vivessem com alegria. 


“Eu vos digo isso para que a minha alegria esteja em vós”, diz Jesus, “e vossa alegria seja plena”.(João 15;11)


A verdadeira alegria está associada à entrega total da criatura nas mãos da Divindade, ou mesmo à aceitação de que a Inteligência Celestial a tudo provê e socorre.

E a confiança integral em que tudo está justo e certo e a convicção ilimitada nos desígnios infalíveis da Providência Divina.

A palavra aleluia em origem no hebreu “hallelu-yah” e significa “louvai com júbilo o Senhor”. Tem sido usada como cântico de alegria ou de ação de graças pela liturgia de muitas religiões a fim de glorificar a Deus. A designação “sábado de aleluia”, utilizada pela Igreja Católica, tem com fundamento a exaltação à alegria, visto que nesse dia se comemora a reaparecimento de Jesus Cristo depois da crucificação.
 
Viver em estado de alegria é estar plenamente sintonizado com nossa paternidade divina, através das mensagens silenciosas e sábias que a Vida nos endereça.

A “entrega da Deus” é a base de toda a felicidade. No entanto, o problema reside em algumas religiões que recomendam a “entrega” não a Deus, mas a mandatários ou representantes “divinos”, ou mesmo a congregações doutrinárias que impõem obediência e subordinação a seus diretores.
Condutas semelhantes acontecem em seitas ou em grupos dissidentes de uma religião, em que há uma entrega incondicional dos adeptos ao líder religioso e que resulta, inicialmente, numa suposta sensação de alegria e satisfação.
 
Na realidade, quando existe subordinação na nossa “entrega a Deus”, ela não pode ser considerada real, pois, mas cedo ou mais tarde, a criatura vai notar que está encarcerada intimamente e que lhe falta a verdadeira comunhão como Criador.

Viver em “estado de graça” ou em “comunhão com Deus” é estar perfeitamente harmonizados com nossa natureza espiritual. É a alegria de repetir com Jesus Cristo:

“Eu estou no Pai e o Pai está em mim”.(João 14;11)

A felicidade é um trabalho interior que quase nunca depende de forças externas. Deus representa a base da alegria de viver, pois a felicidade provém da habilidade de percebermos as “verdadeiras intenções” da ação divina que habita em nós e do discernimento de que tudo o que existe no Universo tem sua razão de ser.

O homem carrega na sua consciência a lei de Deus, afirma os Espíritos Superiores a Allan Kardec. 

 “A lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem. Ela lhe indica o que deve fazer e o que não deve fazer, e ele não é infeliz senão quando se afasta dela”.(E.E. - questão 621)

Alegria como experiência de religiosidade é um valor que não tem preço. Essa sensação da alma, mais do que qualquer outra coisa, contagia e abranda o coração dos homens.

“Ninguém fica feliz por decreto”; sente imensa satisfação apenas quem está iluminado pela chama celeste. Rejubila-se realmente aquele que se identificou com a Divindade e  descobriu que “a lei natural é a lei de Deus e a única verdadeira para a felicidade do homem”.

 A alegria espontânea realça a beleza e a naturalidade dos comportamentos humanos
Cultivar o reino espiritual em nós facilita-nos à aprendizagem de que a alegria real não é determinada por fatos ou forças externas, mas se encontra no silencia da própria alma, onde a inspiração divina vibra incessantemente.



ALEGRIA
É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o “tesouro escondido no campo da própria alma”, isto é, reconhecer o Si-mesmo, a mais profunda realidade – a “vontade de Deus, que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de modo natural e sensato”.

Todos nós fomos criados pela Divina Sabedoria do Universo para ser felizes, tanto no plano físico como no astral, e certamente por toda a eternidade. A alegria de viver é um atributo natural de toda criatura humana – herança de sua filiação divina.
Na realidade, a alegria começa quando somos responsavelmente livres para sermos nós mesmos; quando tomamos o leme de nossa vida nas próprias mãos e deixamos de serem escravos de algo ou de alguém. O bem da verdade, dizem os Benfeitores Espirituais: 


“Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei de Deus” (1).


Não “há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros homens”.

Muitas pessoas acreditam que, sentindo e pensando como os outros, serão mais aceitas e amadas. Outras pensam que, comportando-se de forma submissa, débil e servil, evoluirão mais depressa. Elas ignoram que, assim procedendo, estarão perdendo contato com a própria fonte sapiencial, que promove o encontro com a “vontade de Deus”. A prova disso é o que Paulo de Tarso escreveu aos romanos:


 “E não vos conformeis com este mundo, mais transformai-vos, renovando vossa mente, a fim de poderdes discernir qual é a vontade de Deus.” (2).



A “vontade de Deus”, ou imago Dei, reside nas criaturas e representa um “livro sagrado” a ser desvendado na própria intimidade.

Sustenta Jung que trazemos em nosso íntimo a “imagem de Deus” – a maraca do Si-mesmo (o Self inglês). Segundo as teorias junguianas, “o Si-mesmo não é apenas o centro, mas também toda a circunferência que contém em si tanto o consciente quanto o inconsciente; ele é o centro dessa totalidade, assim como o ego é o centro da consciência”. Carl Jung afirmava que o Self preside a todo o governo psíquico, é uma autoridade suprema e é considerada a unificação, a reconciliação, o equilíbrio dinâmico, um fator interno de orientação do mais alto valor.

Ajustando esses conceitos à nossa fé espírita, podemos dizer que o Cristo é o símbolo do Si-mesmo, porque se identificou plenamente com a “vontade de Deus”. O Mestre reconheceu em si a imago Dei, visto que integrou sua compreensão do mundo exterior com tudo aquilo que é divino em si mesmo.
A concepção católica-cristã primitiva da imago Dei, assegurada na figura de Jesus, expressa, em verdade, que somente o Mestre retinha a totalidade da natureza divina, Ele é denominado até os dias atuais pela Igreja de Roma de “Filho unigênito de Deus” – não manchado pelo pecado. Por outro lado, a religião romana afirma que os seres humanos não possuem as mesmas potencialidades celestes que possuía o Mestre, uma vez que a imagem divina do homem foi danificada pelo “pecado original”, e só será restaurada pela misericórdia do Criador.

Entretanto, os Guias da Humanidade afirmaram a Allan Kardec que os denominados anjos, arcanjos e serafins não formam uma categoria especial por estágios na escala evolutiva, sem nenhuma distinção, prerrogativa ou exclusividade.

Não podemos conferir a um indivíduo uma criação superior ou especial em relação aos demais. Jesus de Nazaré não “5. Filho privilegiado de Deus, mas um ser que desenvolveu suas 8”potencialidades em altíssimo grau, incluindo-se entre os Espíritos que “aceitaram suas missões sem murmurar e chegaram 8 “mais depressa”(4). Superou a condição humana por sua elevada evolução espiritual. É um modelo real que todos nós poderemos atingir, se seguirmos seus passos e exemplos existentes.
O verdadeiro contentamento fundamenta-se no fato de – o usarmos de forma livre, consciente e sensata a capacidade de ser, pensar, sentir e agir. A alegria de viver está baseada na certeza que experimentamos quando reconhecemos que palpita em nós uma tarefa suprema _ o Self ou Si-mesmo -, que é a de manter todo o nosso sistema psíquico unido e reedificado toda vez que ele correr perigo de se fragmentar ou desequilibrar.

Uma vez que está impressa em nós a imago Dei, estamos em contato com essa “totalidade “ou poder superior e, portanto, sua presença atrai o ponteiro da “bússola interior”, que nos indica o porto seguro da Vida Providencial. "Quando seguramos as rédeas da própria existência, assenhoreando-nos dela, vivemos tranquilos e felizes e não mais necessitamos impor, comandar e controlar os outros, nem utilizar compulsoriamente a aprovação e os aplausos alheios para decidir ou agir, portanto estamos firmados em nosso mais profundo “senso de identidade com a Consciência Sagrada”.

Não é egoísmo abrigar na alma uma sensação de aceitação genuína e profunda de nós mesmos, nutrindo uma autêntica auto-estima e uma alegria que resultam num sentimento íntimo de vivacidade e contentamento. Essas ideias podem de início nos incomodar ou surpreender, já que podemos associá-las à vaidade ou ao orgulho. Por sinal, escreveu o apóstolo Mateus: 


“O Reino dos Céus é semelhante a um tesouro escondido no campo; um homem o acha e torna a esconder e, na sua alegria, vai, vende tudo o que possui e compra aquele campo.” (5).



É muito bom vivenciar a alegria de encontrar o “tesouro escondido no campo da própria alma”, isto é, reconhecer o Si mesmo, a mais profunda realidade – a “vontade de Deus”, que sustenta, resguarda e inspira o ser humano a progredir de modo natural e sensato.

Há muitas formas de escravidão. Não devemos nos escravizar a nada nem a nenhuma pessoa, pois o grau de alegria é proporcional ao grau de liberdade que possuímos.

Dentro de nós existe um universo ilimitado que infelizmente reduzimos ao mundo insignificante de nossos interesses mesquinhos. Quando nos identificarmos com Criador, a alegria passará a ser presença marcante em toda e qualquer de nossas atitudes.

Questão 829
Há homens que sejam, por natureza, destinados a ser propriedade de outros homens?
“Toda sujeição absoluta de um homem a outro homem é contrária à lei de Deus. A escravidão é um abuso da força e desaparecerá com o progresso, como desaparecerão, pouco a pouco, todos os abusos.”
Nota – A lei humana que consagra a escravidão é uma lei antinatural, visto que assemelha o homem ao animal e a degrada moral e fisicamente.
(2) romanos 12: 2,3
(3) Questão 128 do O Livro dos Espíritos”
(4) Questões 129 e 130 de O Livro dos Espíritos”

Hammed
Livro Os Prazeres da Alma – psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto

PRAZERES DA ALMA




ANTE O DIVÓRCIO - EMMANUEL

 Equilíbrio e respeito mútuo são as bases do trabalho de quantos se  propõem garantir a felicidade conjulgal, de vez que, repitamos, o lar ...