domingo, 16 de dezembro de 2018

UMA NOVA FORMA DE ENXERGAR OS ERROS



Quando eu fui fazer estudos sobre personalidades e biografias de pessoas que venciam, descobri que, de cada dez coisas que um ser humano comum decide fazer, cinco dão totalmente errado. Ou seja, cinquenta por cento dão totalmente errado. Ou seja, cinquenta por cento das escolhas de uma pessoa comum fracassam.

Por outro lado, de cada dez coisas que um ser humano excepcional decide fazer, oito dão errado. E pensamos: “Puxa, eu pensei que eles erravam menos!” Não, muito pelo contrário. Eles erram mais. Mas, qual é a característica? Eles não se punem porque erram, pois entendem que o erro faz parte do processo.

Cometer erros é uma parte muito importante da jornada pessoal. Com isso não quero dizer que devemos agir de forma imprudente com a vida e conosco, mas que devemos ter a responsabilidade de, quando as coisas dão errado, ao invés de nos punir, focar em como agir diferente da próxima vez. Num mundo complexo como o nosso, cada vez mais exigente, precisamos sempre nos auto avaliar e aprender com nossos erros.

Mas, por que é tão difícil aprender com os erros? Porque não queremos admitir que os cometemos. Acontece que a grande maioria de nós que vender um personagem, demonstrando para si mesmo e para os outros apenas o que tem de melhor.

Tentar esconder nossas faltas nos leva a um profundo desequilíbrio e ao desenvolvimento de comportamentos disfuncionais de negação e projeção de nossos erros nos outros, gerando um profundo empobrecimento no nosso crescimento pessoal.

Muitas pessoas pensam que observar nossos erros de modo maduro, para aprender e avançar, é a mesma coisa que focar nossos pontos fracos de tal forma que nos gera um profundo desânimo e vontade de desistir. Não se trata disso, pois também necessitamos exaltar e fortalecer nossas emoções positivas, traços individuais, nossas virtudes. Até porque, depois de muita dor, erros e acertos, todos nós já possuímos algumas conquistas no campo da integridade e da ética pessoal.

Desenvolvemos, também, após muito desespero e precipitação, aprendizagem de autocontrole. Depois de muita covardia, chegamos a experimentar o sabor da coragem. É de tantas batidas de cabeça, de tanta intempestividade, começamos a esboçar alguma sabedoria, e todo esse aprendizado foi resultado dos erros que, após nos ensinarem sobre a vida, tornaram-se experiências positivas.
Agora, e se além de aprender com os meus erros, eu também puder aprender com os erros dos outros?
Você já percebeu quanto tempo perdemos falando dos erros que os outros cometem? Eu queria te fazer uma proposta diferente, então. Que tal aprender com os erros dos outros, ao invés de, infantilmente, falar deles.

A ideia de que aprendemos com os nossos erros é uma verdade quase absoluta, sobretudo se frequentemente nos observamos e nos analisamos.

Observar nossos próprios erros é uma alternativa muito boa para evita-los no futuro. Além disso, você e eu sabemos que nossa vida tem um limite de tempo, assim não deveríamos perder tanto tempo errando. Por isso, que tal observar os erros dos outros, não para denegrir as pessoas, mas para aprender com elas.

Quando fazemos isso percebemos que não apenas economizamos tempo, mas, ao fazê-lo, também evitamos sofrer as consequências dolorosas desses erros.

Afinal, está bem claro que quando não aprendemos com os erros, certamente iremos repeti-los e sentir novamente a dor e a raiva de não ter aprendido ainda.

Desde o momento em que nascemos, cometemos erros, mas cada um deles nos ajudam no nosso desenvolvimento e aprendizagem ao longo da vida.

Nos primeiros anos de nossa vida, constantemente falhamos, mas ao longo do tempo, a dor provocada por nossas falhas gera uma memória que nos permite evitar repetição.

Desse modo, verificamos que, por incrível que pareça, existe um lado positivo encontrado após a dor vinda dos erros com as consequências mais dolorosas, que nos atingiram mais profundamente, são exatamente os que têm o maior poder de nos transformar.

Nesse sentido, não devemos esquecer o quanto importante é aceitar as consequências de nossos erros, pois esse processo pode ser, igualmente, uma ótima lição que assimilamos, além do que aprendemos com o fracasso em si mesmo.

E quando aceitamos as consequências de nossos erros, aprendemos, também, a ser tolerantes com os erros dos outros, desse modo, deixamos de focar a crítica e o comentário maldoso para focar o aprender com os erros que os outros cometem.

Existe um antigo provérbio Chinês que diz: O burro nunca aprende, o inteligente aprende com sua própria experiência e o sábio aprende com a experiência dos outros.

Então, que tal sermos ao mesmo tempo inteligentes e sábios, aprender com os próprios erros e com os erros dos demais? Assim, podemos reduzir a nossa probabilidade de quedas e dores.

Manter-se alerta e perceber tudo que se passa ao nosso redor e na vida de outras pessoas, com intenção de aprender, é uma estratégia inteligente para evitar dores que não precisamos experimentar.

Rossandro Klinjey – Livro Eu escolho ser Feliz – cap. 22

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