domingo, 19 de maio de 2019

AUTOAMOR



Jesus Cristo apresentou à humanidade o caminho da perfeição relativa do Triângulo Simbólico cujas faces são: o Amor a Deus, o Amor ao próximo e o Amor a nós mesmos.

Voltemos, todavia, no relógio do tempo, lembrando que o autoamor, durante a Antiguidade, foi valorizado na Grécia, sobretudo no período socrático, graças às suas memoráveis lições (resumíveis no “conhece-te a ti mesmo”), transmitidas através de diálogos de profunda sabedoria, mas, sobretudo, dos seus exemplos de todas as virtudes.

Como se sabe, Platão e Aristóteles ficaram encarregados de registrar as lições do mestre, preparando as mentes para os dias gloriosos da pregação de Jesus.

O Divino Mestre oi quem mais destacou o autoamor, quando afirmou: “Sede perfeitos, como vosso Pai, que está nos Céus, é Perfeito” e quando disse: “O Reino de Deus está dentro de nós.”.

Posteriormente, com o desfazimento do Império Romano, o fanatismo e o obscurantismo impingiram a ideia de ser humano essencialmente pecador, impregnando-nos de baixa autoestima, com graves prejuízos para a ideia do autoamor.

O que se poderia esperar de filhos degenerados por tendência e de um Deus cruel e rude além do Inferno após a morte depois de uma vida triste, onde a obediência cega predominava?

Com o Renascimento europeu, valorizando-se o laicismo, desenervam-se a Ciência, a Filosofia e as Artes em geral, para tanto encarnados em massa missionários do Conhecimento para mostrarem à humanidade seu potencial intelectual.

Depois, veio o iluminismo, destacando a razão como medida de todas as coisas, preparando a vida do Consolador. De todas as áreas do Conhecimento faltava, todavia, libertar-se a Religião dos extremos que se criaram, da fé cega dos religiosos tradicionais e da descrença dos livres pensadores em geral.

Com o advento da Doutrina Espírita, em meados do século XIX, apresentando-se incialmente como Filosofia e Ciência e, mais adiante, igualmente como religião, principalmente no Brasil, os seres humanos encarnados passaram a enxergar-se como realmente são, ou seja, filhos muito amados do Pai Celestial, libertando-se a Religião das meias-verdades e mostrando a autêntica Verdade anunciada por Jesus. Quanto à Filosofia, a Ciência e as Artes, iluminaram-se com as revelações dos Espíritos Superiores, a partir da Codificação Kardequiana.

O tema autoamor somente ganhou o realce que merece através do Espirito Joanna de Ângelis, principalmente com sua Série Psicológica, a qual, todavia, para ser materializada no mundo terreno, necessitava do desenvolvimento da Psicologia, Psiquiatria e outras ciências, como a Física Quântica e a Química.

O autoamor implica em escolher, de tudo o que se apresenta em termos de opções, o que realmente é melhor para nossa evolução intelecto-moral, adequando-se ao que afirmou Paulo de Tarso: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”, bem como ao conselho de Jesus Cristo: “Sede perfeitos, como vosso Pai, que está nos Céus, é Perfeito.”.

Luiz Guilherme Marques – Livro Autoamor – A Procura da Perfeição Relativa

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