terça-feira, 23 de outubro de 2018

LIMITES À PROTEÇÃO ESPIRITUAL

A proteção que recebemos dos Espíritos benfeitores tem limites e condições que não devemos ignorar, pois que não é ilimitada ou arbitrária.

Conhecendo a paciência, a bondade, a boa vontade e a tolerância deles pelas nossas dificuldades e inferioridades morais, habituamos-nos a pedir sempre, na esperança de sermos atendidos, sem considerar que eles somente atendem quando podem ou quando devem; quando nos colocamos em condições de merecer o atendimento e, ainda, quando este não venha produzir resultados ou  consequências contraproducentes, prejudicando em vez de beneficiar.

Nos casos de resgates cármicos, por exemplo, tratando-se de benefícios de momento que resultará em prejuízo futuro; ou quando beneficia a nós, mas prejudica a outras pessoas; ou impeça ou dificulte a realização de uma experiência da qual necessitamos para nosso progresso evolutivo como seja, por exemplo, um sofrimento físico ou moral, e muitas outras modalidades de fácil e pronta compreensão; nestes casos eles não atendem como gostaríamos que o fizessem e se limitam a uma pequena ajuda ou a uma inspiração da qual possamos lançar mão por conta própria.

Outras modalidades não-atendidas; soluções de problemas materiais que a nós próprios compete resolver; problemas banais e fúteis ligados à vida comum, da mesma forma pertencentes à nossa esfera de ação e não da deles.

Para todas as dificuldades de negócios, promoções sociais, doenças e crises que nos beneficiam no momento, mas que geram consequências infelizes no futuro, tudo permanece sem solução radical, porque os Espíritos não se deixam envolver nas suas consequências, concorrendo para que sucedam.

Outra coisa a considerar: há atendimentos que podem ser feitos por espíritos familiares que penetram mais em detalhes e intimidades aos quais não descem os Espíritos de maior responsabilidade, como só protetores e guias.

E, finalmente, se tudo o que costumamos pedir fosse considerado pelos benfeitores espirituais, seu tempo seria pouco para atendê-lo, em prejuízo de suas próprias e meritórias ocupações, nos planos de trabalho que lhes são próprios.

O mesmo, todavia, não ocorre com os Espíritos dedicados ao Mal, para os quais todos os males são bons, pois que justamente se esforçam por provacá-los, como também se aplica aos ignorantes das verdades espirituais que, por ignorá-las, tornam-se irresponsáveis.

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O que mais se aproveita nesta vida não é o que ela oferece de bem-estar, conforto e prazeres, que alimentam os sentidos, mas os sofrimentos, que apuram os sentimento e engrandecem os Espírito.

Edgard Armond

 Livro O Livre Arbítrio - cap. Libertação Espiritual

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