quarta-feira, 3 de outubro de 2018

BUSCAI E ACHAREIS - Caminhos dos Espíritos - Edgard Armond

No que se refere às investigações, dizem alguns:

"Não devemos tentar obter aquilo que está fora do nosso alcance: vivamos dentro do Evangelho do Cristo, que já representa uma conquista enorme de sabedoria e de possibilidades espirituais ao nosso dispor."

Dizem outros: "não adianta mexer nessas coisas incompreensíveis; façamos o que for possível e nada mais."

Mas, outros revidam: "por que então nos foram dadas a razão e a inteligência? Se todos os dias verificamos que progredimos e em todas as horas incorporamos um conhecimento novo; se em todos os minutos aprendemos mais alguma coisa e em todos os segundos avançamos mais um passo para adiante, caminho a algo de novo que sabemos ilimitado; por que então parar, renunciar à luta, acomodar-se, repousar sobre louros duma vitória que ainda mal se esboça, como um traço tênue de luz, no fundo escuro e misterioso do futuro?".

Há opiniões e divergências, mas na verdade é que é necessário lutar sem descanso, infatigavelmente, para aproveitar a vida que foge rápida; já que estamos aqui nesta arena sombria, tomemos de nossas armas e combatamos o nosso combate, da melhor maneira possível, com o maior ânimo possível.

É preciso trabalhar e nos esforçamos para realizar, ainda nesta encarnação, o Evangelho sem par que está posto à nossa frente, como um farol de luz resplandecente, que alumia longe e sob seus raios, poderemos então caminhar com segurança por um caminho claro.

Um dos grande escritores espiritualista da atualidade, Paul Gibier, a propósito desse anseio de conhecimento por parte do homem, declarou que a posição deste, no momento atual, no caminho da evolução, é na zona lúcida, isto é, na zona da investigação e da compreensão.

Comunicações vindas de outra fontes esclarecem que o homem, tendo conquistado a consciência individual e evoluído em seguida para a razão, está hoje ingressando no setor da intuição, que é aquele no qual está mais próximo do Espírito.

Emmanuel, a iluminada entidade que vive agora mais em contato conosco, por fazer para da coorte que orienta o Brasil para o primado da luz, a propósito de um tema de controvérsia entre Kardecistas e rustainguístas disse:

"Para que discutir semelhantes assuntos tão profundos e tão delicados na sua essência íntima, se mesmo nos espaços vizinhos da Terra onde me encontro sobram as polêmicas e as vacilações dos Espíritos? Semelhante fenômeno tem sua origem na falta de compreensão. A morte não constitui uma renovação milagrosa do ser. Os desencarnados prosseguem lutando no complexo de suas próprias iniciativas, para a obtenção da amplitude de conhecimentos superiores do Universo e do mecanismo divino de suas leis. Mas, todos nós, remata ele, estamos no caminho do conhecimento integral."

Por isso, é preciso discutir e debater todos os assuntos ligados à nossa vida para compreendê-los o mais depressa possível, e aqueles que ultrapassarem a capacidade da razão cairão, mais hoje, mais amanhã, na esfera da intuição e teremos deles, mesmo que vaga, alguma noção que sempre valerá como um  prêmio ao nosso esforço.

É claro que não devemos permanecer nos conhecimentos teóricos, mas viver nossa vida segundo esses conhecimentos, proceder à nossa reforma espiritual de acordo com  as novas concepções e direções que esses conhecimentos nos dão.

Como seres em evolução, devemos seguir sempre para diante, rastreando a vida onde quer que ela se encontre, desenvolvendo, na maior amplitude possível, a nossa percepção das coisas, mas caminhando sempre dentro da estrada que nos foi apontada pelos Mestre e sem nos afastarmos do caminho luminoso, que nos traçou com sua própria vida, em letras de luz e de sangue.

Caminhar levando em uma das mãos o Evangelho - que é ciência da fé - compreensão estática que espiritualiza; e noutra a Ciência - que é o evangelho da razão - compreensão dinâmica produtora de força e de convicção.

Edgard Armond

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