Depois que se une à matéria, o Espírito é considerado simples e ignorante, mas, desde esse momento, começa imediatamente a modificar-se sofrendo as influências ambientes.
Forças invisíveis, tanto do plano físico como do etéreo, começam a atuar sobre ele, perturbando-o.
Sentimentos ainda desconhecidos nascem em seu coração e aí se radicam, influindo poderosamente sobre ele. Ideias vindas, não se sabe de onde, penetram sua mente dando-lhe, cada vez mais vastos horizontes de pensamentos a respeito de si mesmo e de tudo que o rodeia.
Os instintos inferiores da materialidade, as atrações do mundo da forma, o pavor do desconhecido, a incerteza do seu destino, a ignorância de sua origem,e, sobretudo, sua fragilidade, todo esse conjunto desorientador de circunstâncias começa a atuar sobre ele, impelindo-o ora para aqui, ora para ali, nesta ou naquela direção, desordenadamente, como um trapo que o vento sacode para onde quer.
Mas, todas estas forças e circunstâncias, vindas de fora e de dentro, determinam cada uma reação diferente, repercutem nele de forma diversas, levando-o para esta ou aquela direção. Esse fenômeno é o que se conhece com o nome de livre-arbítrio, isto é, a possibilidade que tem o Espírito criado de optar por isto ou por aquilo, resolver duma ou doutra maneira, seguir para esta ou aquela direção.
Por esse livre-arbítrio, decorrente desse conjunto de reações, é que o Espírito estabelece e forja o seu destino.
A essa trama de ações e reações, que é a base fundamental da lei inexorável de justiça que os orientalistas denominaram carma, ninguém pode escapar, justamente porque ela é que dá campo à evolução do Espírito.
Realmente, se este permanecesse imóvel, inativo, e não reagisse de forma alguma 1a solicitações ambientes, ficaria à margem da vida e nada aconteceria para ele. Nenhum progresso obteria e seria uma força negativa e estéril, coisa absolutamente impossível de existir na criação, que é dinamismo e movimento permanente e eterno.
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Chegados a este ponto, podemos agora parar um pouco e considerar que já possuímos duas opiniões respeitáveis sobre a criação do Espirito, a saber; a concepção filosófica oriental, que vem da noite dos tempos e que diz:
- Tudo está contido na mente do Todo.
O Universo é mental.
A única realidade é Deus e tudo o mais não passa de uma enorme e perene ilusão.
Por esta concepção multissecular e que tem centenas de milhões de adeptos, o Espírito é uma criação mental de Deus, o que também sucede com toda a Criação.
Vivemos e nos agitamos na mente de Deus, assim como um personagem de romance foi criada e vive na mente do romancista e na mente dos leitores, nem por osso deixando de ser menos real.
Outra, a Terceira Revelação, o Espiritismo, que diz que os Espíritos são princípios inteligentes universal individualizado, criados por Deus para evoluir e voltar a Deus.(O livro dos Espíritos questão 23).
"Há um transformismo incessante e uma progressiva suscetibilidade de aperfeiçoamento, em todas as coisas, o que demonstra que há uma criação progressiva."
Tudo o que existe provém de um princípio que atua sempre do interior para o exterior e que se encontra ocultos no mistério do Ser.
Tudo tem de integrar-se na divindade, pois, de outro modo, Deus seria parte e, portanto, incompleto, quando dever ser, realmente, o que é: o Todo, o Absoluto.
Edgard Armond
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