quarta-feira, 3 de outubro de 2018

A CRIAÇÃO DOS SERES - Caminhos do Espírito - Edgard Armond

Mas, já que ao homem dos nossos dias foram dados conhecimentos mais avançados, qual é então, à vista desses conhecimentos, a verdade sobre a criação dos Espíritos?

Essa verdade, que de nenhuma parte recebemos, que nem o próprio Cristo nos revelou, quando sobre a Terra viveu, e que só agora, transcorridos dois mil anos, permite que nos seja dada?

Diz a 3 revelação:

"O Universo foi criado por Deus e abrange a infinidade dos mundos visíveis; todos os seres animados e inanimados dos mundos visíveis; todos os seres animados e inanimados; todos os astros e todos os fluídos que enchem o espaço".

Até aqui nada de novo, mas, continua: "Todos os germes de vida, quando a Terra se formou, já existiam em estado fluídico, no espaço a seu redor, ou em outro planeta, aguardando o momento certo para aqui baixar."

E agora, notem o que diz o texto: "e o mesmo sucedeu com a espécie humana. "Quer dizer: no que respeita a origem do homem também o germe de sua constituição já existia em estado fluídico aqui ou alhures, aguardando momento oportuno para manifestar-se na Terra.

Pelo que diz o texto, quando o momento foi oportuno, todas essas forças novas e todos esses seres em estado fluídico baixaram ao planeta e o povoaram, iniciando uma existência individual, que se caracterizou por diferentes etapas de desenvolvimento, por meio de formas inumeráveis, aperfeiçoando-se umas, eliminando-se outras, até atingirem a situação atual.

Está bem claro:  de início a Terra foi povoada por germes em estado fluídico, que aqui iniciaram sua evolução transmitindo por formas diversas e selecionando-se à medida que progrediam.

Mas a pergunta fica de pé:

- De onde procederam esses germes em estado fluídico e como foram criados? Responde o texto: sua origem é no princípio inteligente universal.

Vamos então analisar isto.

Assim como há um princípio inteligente material, que gera todas as combinações físicas, existe um princípio inteligente espiritual que, individualizando-se, dá origem aos Espíritos viventes.

Mas, esses Espíritos viventes não têm, inicialmente, por si mesmos, forma, aspecto definido. São, vamos dizer, um potencial estático de força inteligente. Para passar desse estado dinâmico visível, manifesto, evolutivo, necessita o Espírito exteriorizar-se, revelar-se na forma e isso só o consegue unindo-se, casando-se ao outro princípio - o material - que é o mesmo princípio primordial, porém, não - individualizado.

E assim, como essa união, que vai permanecer por quase todo o longo período da evolução do Espirito, aos duas linhas de força da criação divina se encontram e o triângulo dessa criação se define, tendo a divindade por vértice e matéria e Espírito por base.

Unindo-se à matéria e dentro, da progressão evolutiva o Espírito, ganha então forma, aparência, aspecto visível, corpo, e transforma-se em alma vivente, isto é, Espírito revelado, sujeito à leis cósmicas e às alternativas da vida e da morte; Espírito em evolução, isto é, Espírito que está voltando para Deus, que ganhou livre-arbítrio e que está posto na cadeia dos renascimentos, iniciando o ciclo das provas.

Edgard Armond


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