"Disse-lhe Jesus: 'Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morte, viverá' ". João 11: 25
Morte e vida são duas etapas da mesma experiência. A morte não tem existência real no universo. A sombra também não, pois a sua existência é uma ficção, é apenas a negação da luz.
Quando se abre um quarto escuro, as sombras nunca invadem a luz, fazendo trevas. O contrário acontece: a luz dilui a escuridão, fazendo claridade.
A morte, por não ter existência real, não pode aniquilar a consciência. O nada não existe. Tudo é vida, e a própria morte dilui-se na eternidade da vida, que faz luz em toda parte.
Ainda é necessária a visão da morte, a fim de que o homem valorize e entenda a vida. Assim como a sombra, a morte é necessária para os filhos valorizarem a beleza da luz.
Podemos observar todos os dias o fenômeno da desagregação celular dos corpos físicos. Tudo e todos morrem diariamente, e a vida ressuscita gloriosa a cada manhã, em cada nova experiência.
Morrer é uma experiência reservada a todos. Porém, desencarnar é para poucos. Morre-se todos os dias, mas desencanar é despegar-se da carne, das questões materiais e efêmeras, e desdobrar a consciência a etapas mais amplas da experiência da vida.
Morrer, todos morrem. Todavia, é preciso desapegar-se e ressurgir com a consciência plena na realização do bem de todos, a fim de que o bem de todos se converta no bem em favor de nós mesmos.
Robson Pinheiro - pelo espírito de Alex Zarthú - livro Serenidade
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