segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Morte e Vida

"Disse-lhe Jesus: 'Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morte, viverá' ". João 11: 25

Morte e vida são duas etapas da mesma experiência. A morte não tem existência real no universo. A sombra também não, pois a sua existência é uma ficção, é apenas a negação da luz.

Quando se abre um quarto escuro, as sombras nunca invadem a luz, fazendo trevas. O contrário acontece: a luz dilui a escuridão, fazendo claridade.


A morte, por não ter existência real, não pode aniquilar a consciência. O nada não existe. Tudo é vida, e a própria morte dilui-se na eternidade da vida, que faz luz em toda parte.


Ainda é necessária a visão da morte, a fim de que o homem valorize e entenda a vida. Assim como a sombra, a morte é necessária para os filhos valorizarem a beleza da luz.

Podemos observar todos os dias o fenômeno da desagregação celular dos corpos físicos. Tudo e todos morrem diariamente, e a vida ressuscita gloriosa a cada manhã, em cada nova experiência.

Morrer é uma experiência reservada a todos. Porém, desencarnar é para poucos. Morre-se todos os dias, mas desencanar é despegar-se da carne, das questões materiais e efêmeras, e  desdobrar a consciência a etapas mais amplas da experiência da vida.

Morrer, todos morrem. Todavia, é preciso desapegar-se e ressurgir com a consciência plena na realização do bem de todos, a fim de que o bem de todos se converta no bem em favor de nós mesmos.

Robson Pinheiro - pelo espírito de Alex Zarthú - livro Serenidade

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